quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A ABUNDÂNCIA

"A pessoa que julgamos ser está também intimamente relacionada com o modo como julgamos ser tratados pelos outros. Muitas pessoas queixam-se de que os outros não as tratam suficientemente bem. "Não me respeitam, não me dão atenção, nem reconhecem o meu valor", dizem: "Sou tomado por certo." Quando as outras pessoa são simpáticas, desconfiam de razões dissimuladas. " Os outros querem manipular-me, aproveitar-se de mim. Ninguém me ama."

A pessoa que julgam ser é esta: "Eu sou um "pequeno eu" carente, cujas necessidades não estão a ser satisfeitas." Esta falsa percepção básica de quem são, cria uma disfunção em todos os seus relacionamentos. Acreditam que não têm nada para dar e que o mundo ou as outras pessoas estão a negar-lhes aquilo de que elas precisam. Toda a sua realidade é baseada numa percepção ilusória de quem são, o que afecta negativamente as situações e arruína todas as relações. Se a ideia de carência - seja dinheiro, reconhecimento ou amor - se tornou parte de quem pensamos ser, sentiremos sempre carência. Em vez de reconhecermos tudo o que de bom já existe na nossa vida, só nos concentramos na carência. Reconhecermos o que de bom já existe na nossa vida é a base para que a abundância surja. O facto é este: aquilo que julgamos que o mundo nos está a negar é aquilo que nós estamos a negar ao mundo. Estamos a negá-lo porque, no fundo, pensamos que somos pequenos e não tempos nada para dar.

Experimente fazer o seguinte durante algumas semanas, e veja como tal mudará a sua realidade: tudo o que pensar que as outras pessoas lhe estão a negar - estima, consideração, ajuda, atenção afectiva, etc. - , dê-lhes a elas. Não possui essas coisas? Aja como se as possuísse e elas aparecerão. Então, pouco depois de começar a dar, começará a receber. Você não pode receber aquilo que não der. O que sai de si determina o que entra. Você já tem tudo o que pensa que o mundo não lhe está a dar, mas se não permitir que isso flua para o exterior, nem sequer saberá que o possui. Isto inclui a abundância. A lei que estipula que o que sai determina o que entra é expressa por Jesus nesta poderosa imagem: "Dai e dar-se-vos-á: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço."

A fonte de toda a abundância não se encontra fora de si. Faz parte de quem você é. No entanto comece por reconhecer a abundância no exterior. Observe a riqueza da vida que existe à sua volta: ao sentir o calor do Sol na sua pele, ao contemplar as flores magníficas em exposição à porta de uma florista, ao dar uma dentada num fruto suculento ou ao ficar ensopado debaixo de uma copiosa chuva caída do céu. A abundância da vida reside em cada passo que der. O reconhecimento dessa abundância que existe ao seu redor desperta a abundância adormecida dentro de si. Depois deixe-a sair. Ao sorrir para um estranho, já se verifica um pequena saída de energia. Você torna-se um dador. Pergunte a si mesmo regularmente: " O que posso dar aqui? Como posso ser útil para esta pessoa, para esta situação?" Você não tem de possuir nada para se sentir abundante, embora as coisas venham com certeza até si no caso de se sentir abundante consistentemente. A abundância só chega àqueles que já a possuem. Isto parece quase injusto, mas obviamente que não é. È uma lei universal. Tanto a abundância como a escassez são estados interiores que se manifestam como a nossa realidade. Jesus colocou a questão desta forma: "Pois àquele que tem dar-se-lhe-á e ao que não tem ser-lhe-á tirado mesmo aquilo que tem."

Eckart Tolle Um Novo Mundo

HOJE, SOU GRATO PELAS MÚLTIPLAS BENÇÃOS QUE RECEBO

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